Depois do vitorioso Encontro Nacional de Estudantes de Escolas Técnicas - ENET que aconteceu em abril no Rio de Janeiro os estudantes do ensino técnico mobilizaram-se no Brasil inteiro na luta pela transformação da Educação pública, a qual está marginalizada e só este ano sofreu um corte de R$ 3,1 bilhões, uma política insana que joga grande parte da juventude no mundo das drogas, prostituição e criminalidade, e teve como ápice o dia 19 de Maio, quando, no Brasil inteiro, os estudantes foram às ruas exigir mudanças no ensino técnico público, lutar contra o aumento da passagem e pelo passe livre estudantil nos transportes públicos e mostrar toda a indignação com os cortes nas áreas sociais efetuados em março pelo Governo Federal Dilma Roussef, a qual retira recursos dos estudantes e trabalhadores e repassa-os à empresários e banqueiros (estes que só em 2011 estão recebendo e receberão R$ 230 bilhões dos cofres públicos).
A delegação do Pará no ENET contou com 87 estudantes do ensino técnico, dos Institutos Federais Campus Belém, Castanhal, Abaetetuba, Bragança, Breves, Tucuruí e do pólo de Ananindeua, além da Escola Técnica JK, de Marituba.
Cumprindo a decisão aprovada no ENET da Jornada Nacional de Lutas, o qual no dia 19 de Maio levou aproximadamente 150 estudantes para as ruas em Belém, com a direção da UESB e do Grêmio Estudantil Cabanagem, e que contou com alunos do IFPA/Campus Belém, Escola Técnica JK de Marituba, Escolas Estaduais Justo Chermont de Belém, Maria Araújo Figueiredo e Rômulo Maiorana de Ananindeua. A Passeata iniciou em frente à Escola Estadual Pedro Amazonas Pedroso percorrendo a Av. Almirante Barroso e depois pela Av. 1° de Dezembro com o Ato na Reitoria do IFPA exigindo a contratação imediata de professores efetivos e abertura de concursos públicos para a função de educador, Restaurante Estudantil e ambulatório médico, os quais o reitor se comprometeu em iniciar processo licitatório e colocar em prática com uma ressalva ao ambulatório médico (“dever da direção do campus Belém”),manifestação essa reforçada pelos jovens conscientes e de luta do IFPA-Campus Tucuruí, que lutou contra os cortes de recursos para as visitas técnicas e por estágios apropriados à carga horária aos estudantes e com remuneração digna no valor mínimo a R$ 545,00 salário da maioria dos trabalhadores de nosso país, e por Bragança também que no dia 18 de maio lutou por climatização imediata das salas de aula, daquele Campus. Toda essa luta fez com que a reitoria do IFPA enviasse no mesmo dia um documento oficial para o MEC mostrando o posicionamento dos estudantes contra o corte de verbas e o descaso com a Educação e os Ensinos Técnicos Públicos.
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